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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Você é tão rico, e não sabe disso?! (parte 1 de 2)

Pr. Walter e esposa Denize
Pr. Walter de Lima Filho
Comunidade Hebrom

Quantas vezes não nos sentimos os mais miseráveis entre as pessoas? Enfraquecidos e falando de um Deus tão forte? Sem conseguir realizar algo, acreditando em um Deus que pode todas as coisas? Praticando a religião, mas sentindo que Deus está tão longe? Esta não é só a minha experiência, mas a sua também, não é? Acontece que num momento da vida, o foco de nossa visão se concentra no que queremos e não no que temos. As dificuldades enchem o campo da nossa visão e ignoramos a riqueza que possuímos no interior de nossas vidas.

Eu estava começando meu ministério, era muito jovem e as pessoas não gostavam muito de mim. Eu não queria promover uma mudança brusca no trabalho de meu antecessor, mas não demorou muito para notar que o meu ministério era bem diferente. Eu tentei sair daquela igreja, mas algo me dizia não e as portas se fechavam. Conversei com um pastor experimentado e lhe disse que não agüentava mais tanta indiferença. As pessoas estavam indo embora reclamando da minha maneira de pregar, do meu jeito, do meu modo de falar, etc. Ele então me disse: -Walter, você é tão rico e não sabe disso? Veja, Deus precisa de você naquele lugar, pois Ele agiu de um modo até o momento. Agora, Ele quer acrescentar novas coisas àquele povo e elas estão em você! As pessoas que estão indo embora, não quer dizer que não gostem de você, mas elas não gostam do que Deus quer realizar, pois se acostumaram com o que tinham. Aquilo que estava sendo passado não as incomodava mais e ficaram habituadas com o que tinham, porém Deus as está desafiando para ingressarem em uma nova dimensão do Seu Reino e elas, se sentem incomodadas porque não querem crescer, entender e fazer o que Deus está mostrando. Você crê que as coisas que estão em seu coração trarão benefícios e edificação à igreja e àquele povo? Então faça! As pessoas que ficaram, estão interessadas e movidas por Deus para realizarem a Sua vontade. Ensine-as, treine-as e se esforce para cavar seu interior e encontrar todos os recursos que Deus já lhe deu para trabalhar com elas e com a vida. Deus espera que você se relacione com Ele e que o povo que ficou aprenda isso também - Evangelho é relacionamento com Deus e não práticas religiosas.

É lógico que a conversa foi longa, mas eu a escrevi de modo muito abreviado para tentar mostrar como nós somos. Ainda hoje quando enfrento as mesmas questões interiores, me lembro daquela conversa. É interessante que as situações se repetem, as enfrentamos e as superamos, mas cada vez que surge uma dificuldade nos abalamos. Que tipo de criatura nós somos?

1. Nós somos criaturas frágeis, mas Deus nos escolheu para colocar em nós, o Seu imenso poder e toda a Sua riqueza!

O salmista entendeu quão frágil ele era em relação à sua morte e aos seus dias:

• Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou. (Salmos 39:4 NVI)

O que será que ele queria dizer com a expressão “o fim da minha vida”? Acredito que na fragilidade do corpo humano para morrer. Enquanto Deus é imortal, o homem é um pobre mortal. Nosso corpo envelhece, adoece, morre e se desintegra na sepultura. Por que ele pediu para o Senhor mostrar-lhe “o número de seus dias”? Ele fala da duração da sua vida em relação à eternidade divina. A vida é tão frágil e curta, não é? Os dias se acabam e o homem morre! No que deveríamos pensar neste curto espaço de tempo que temos sobre a terra?

O apóstolo Paulo nos diz o seguinte:

• Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. (2 Coríntios 4:7 NVI)

Como Paulo destaca a fragilidade humana neste versículo? Ele diz que somos como potes ou vasos de barro, mas para conter um grande tesouro. Antigamente, perfumes caros (Mateus 26:7) eram colocados em vasos de barro; documentos importantes (Jeremias 32:14), o azeite consagrado para ungir reis (1 Samuel 10:1), o maná (Êxodo 16:32-34) como testemunho que o Senhor alimentou todo o Seu povo no deserto. O homem é feito do que? Do barro, e nesse vaso Deus colocou-se a Si mesmo para que de dentro do homem, Ele pudesse agir a favor e por meio dele neste mundo. O importante não é o tamanho do vaso, mas o que está oculto em seu interior.

2. O poder e a riqueza de Deus está na esfera invisível do Seu Reino e não, num conjunto de práticas religiosas visíveis. Deus nos chama para termos um relacionamento íntimo com Ele.

Continue a leitura: Belverede Devocional 

Você é tão rico e não sabe disso?! (parte 2 de 2)

Walter e esposa Denize
Walter de Lima Filho

Havia um grupo de religiosos na época de Jesus muito dedicados aos costumes visíveis (rituais) da religião dos judeus. Eles se preocupavam tanto com o exterior da religião, que seus ensinamentos se tornaram um peso, uma carga pesada aos adeptos do farisaísmo. Um dia, em uma de suas argumentações com Jesus, pediram-lhe que mostrasse sinais visíveis do Reino de Deus e a resposta de Jesus foi muito interessante:

• 20 Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: -Quando o Reino de Deus chegar, não será uma coisa que se possa ver. 21 Ninguém vai dizer: "Vejam! Está aqui" ou "Está ali". Porque o Reino de Deus está dentro de vocês. (Lucas 17:20-21 BLH)

Jesus disse que o Reino Deus estava dentro deles! Se o Reino de Deus estava dentro deles, por que eles não experimentavam todo o poder de Deus? Mas, antes, se entupiam com normas, costumes e rituais frios que não produziam nenhuma alegria, paz e prazer em Deus. Porque o foco da visão deles estava no que é visível e não no invisível. Eles tinham as Escrituras Sagradas, conheciam os tempos divinos, mas se preocupavam mais com o exterior da religião do que com um relacionamento íntimo com Deus.

Há uma ilustração interessante:

Havia em uma cidade há muitos anos atrás, um cristão muito dedicado a Deus. Ele havia recebido uma herança e como não fazia nada sem pedir a orientação divina, resolveu orar para saber como deveria investir aquele dinheiro. Num momento intenso de oração, ele ouviu uma voz interior que lhe dizia: “Filho, compre as terras ao lado das suas, pois do interior delas lhe virá uma fortuna” A princípio, ele duvidou daquelas palavras, pois aquelas terras não eram tão férteis. Mas, sendo um bom agricultor e vendo a possibilidade de conseguir uma fortuna, investiu todo o seu dinheiro na compra daquelas terras e em sementes. Ele limpou o solo, arou, adubou e plantou naquele solo. Todos os dias ele olhava “aflito” para aquelas terras, esperando conseguir uma grande colheita, que lhe daria uma grande “fortuna”. Mas a chuva escasseou e aquelas terras, não sendo tão férteis para sustentar sua agricultura, a plantação veio a secar e morrer. Desesperado, escreveu, enviou telegramas, procurou o banco para conseguir crédito e nada conseguiu. Precipitadamente, tomou a decisão de vender aquelas terras e uma parte das suas, para equilibrar os gastos que havia tido - perdeu o dinheiro da herança e parte de suas terras. Ele ficou amargurado contra Deus e disse que não queria mais segui-lo. Um dia ele percebe muito movimento nas terras que havia vendido. Procurou saber o que estava acontecendo e foi informado, que o novo proprietário havia encontrado um enorme veio de ouro no interior daquelas terras! Ele entendeu que falhou em seu relacionamento com Deus e que apenas se preocupou em conseguir a tal “fortuna” pelo modo que conhecia. Reconheceu que poderia ter sido muito abençoado materialmente, se tivesse feito do jeito de Deus e não do seu!

É isso que pode estar acontecendo com um bom número de “cristãos”. Eles estão em cima de uma riqueza e um poder inesgotável, mas sua preocupação com o que é visível é tanta, que acabam perdendo as bênçãos de Deus.

Jesus certa vez disse:

• & O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. (Mateus 13:44 NVI)

Como é o Reino dos céus nas palavras de Jesus? O que faz um homem que o encontra? Uma pessoa quando encontra a beleza do Reino de Deus, não conseguirá mais ser dirigido por uma religiosidade plantada pelos pais, avós ou tradição familiar. Ele se rende! Ele oferece o preço da sua vida para possuí-lo!

O poder e as riquezas de Deus, portanto o Seu Reino, não pode ser encontrado dentro das religiões institucionalizadas. Não está no nome de uma denominação ou no interior de um grande prédio religioso. Deus quis assim, que fosse encontrado, cobiçado, admirado e experimentado.

O que é o Reino de Deus e por onde Ele começa?

• Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. (Romanos 14:17 NVI)

A expressão “comida e bebida” se refere a tudo aquilo que esperamos da vida. Alguns dizem: “Se Deus fizer o que eu quero, então crerei n’Ele!” Mas o poder do Reino começa ajustando todo o nosso ser interior. A palavra “justiça” se refere à certeza de que fomos aceitos por Deus e somos d’Ele. “Paz”, se refere não a uma vida sem problemas, mas a uma paz interior que mostrará se estamos certos ou errados em nossa maneira de pensar e agir, de acordo com a mente de Deus. “Alegria” é um grande prazer, é deliciar-se ou deleitar-se nas ações ou no mover do Espírito de Deus. Você percebe que tudo isso é um compromisso com o invisível? Eu chamo tudo isto de relacionamento.

Por causa da grande misericórdia de Deus, hoje você pode receber algo muito grande da parte d’Ele, sem estar tão compromissado com os Seus alvos, mas não espere que irá receber sempre benefícios da parte d’Ele agindo assim! Deus é bom e Sua norma deve ser respeitada. O que é invisível vem antes do que é visível! Deus deve ser o nosso tesouro e não o que queremos!

Jesus disse:

• Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. (Mateus 6:21 NVI)

O coração é o mais importante órgão do ser humano e cada um procura cuidar muito bem dele. Na Bíblia, a palavra “coração” é usada como uma metáfora e significa “a base moral” do homem - a essência de nosso ser interior. Essa área sem dúvida, deve ser bem cuidada, pois se apenas queremos algo, que “meios” usaremos para consegui-lo? Muitos estão tentando usar a Deus para conseguir o que querem, enquanto Deus está tentando mostrar caminhos elevados para se chegar a determinados alvos.

Certa vez um pastor me procurou dizendo estar cansado de pregar e não ver nenhum resultado. Dizia que a partir daquele momento daria ao povo o que eles queriam, pois a igreja precisava crescer numérica e financeiramente. Eu pergunto: “Onde estava o seu coração?” Sem dúvida alguma, em um tesouro visível - no seu desejo pessoal! Ele estava disposto a fazer qualquer coisa para conseguir o que queria; infelizmente, menos seguir as orientações de Deus! Com todo temor de minha alma lhes digo, que a partir daquele instante ele estava abandonando o “ministério espiritual”, dado a ele por Deus e estava iniciando um grande negócio! Tudo estava tão perto dele, mas ele não tinha a ambição ou o desejo de perceber o jeito de Deus. Ele estava sentado em cima de uma “mina de ouro”, mas resolveu fazer do seu jeito. O resultado será a formulação de heresias, misticismo e tantas outras coisas nocivas ao Evangelho e ao ser humano.

• 3. Muitos estão próximos das riquezas e do poder de Deus, mas esta aproximação não garante um desfrute dos Seus benefícios. Isto se dá, porque eles são apenas religiosos.

Jesus disse o seguinte:

•  (...) O Reino de Deus está próximo de vocês. (Lucas 10:9 NVI)

Uma vez eu estava perdido procurando uma rua, onde havia uma pessoa enferma em uma casa. Era tarde da noite e comecei a ficar nervoso, dei murros no volante do carro, esbravejei e perdi a paciência. Desci do carro e dei um grito: “Onde está essa maldita rua?” Eu não havia percebido que uma senhora estava preocupada, vendo-me passar em frente à sua casa por umas quatro vezes e ela disse: “Moço, posso lhe ajudar? Está procurando alguma coisa?” Nesse instante, diante dela em seu muro me acalmei e disse que perdoasse, mas estava procurando por determinada rua e que não a achava. Então ela me disse: “É essa ruazinha aqui, do lado da minha casa e você vai à casa de quem? ...é a terceira casa à sua direita!” Fiquei com a cara de tacho! Graças a Deus ela me mostrou o caminho que estava diante dos meus olhos, mas devido à minha aflição não conseguia ver e nem entrar na “ruazinha”.

Para que possamos experimentar o poder e as riquezas do Reino de Deus, é necessário haver uma mudança em nosso ser interior. Jesus certa vez disse o seguinte a um professor de religião:

• 3 (...) Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". 4 Perguntou Nicodemos: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!” 5 Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. 6 O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. (João 3:3-6 NVI)

É interessante que a razão de Nicodemos ter procurado a Jesus, foi de que ele O “viu” realizando coisas, que só uma pessoa vinda da parte de Deus poderia realizar e ele queria entender como isso funcionava. Então, Jesus ensinou que Nicodemos não conseguiria “ver” e nem “entrar” no poder e nas riquezas do Reino de Deus, enquanto não houvesse uma transição (passar de um ponto para outro) em seu ser interior. Ele deveria sair dos preceitos da religião para uma vida de relacionamento com Deus, por meio da “água e do Espírito”. Algo novo, uma nova experiência ou uma nova vida da parte de Deus, deveria ser gerada ou criada em sobre a sua vida.

Gostaria de falar sobre a expressão “água e Espírito”. O Espírito é o Espírito de Deus, que tem o poder para criar e gerar coisas novas, mas e a água? Muitos afirmam que é o batismo nas águas. Mas quando uma pessoa desce às águas batismais, ela aceita essa ordenança porque já nasceu de novo! De fato, quando Jesus se refere à água está querendo dizer sobre uma imersão na vida de Deus, quando o ser humano passa por um processo de rendição, onde a Palavra de Deus (água - Gênesis 1:1,2; João 1:1-3; Efésios 5:26,27; 1 Pedro 1:23; 3:18-22) e o Espírito Santo atuam juntos.

Eu acredito que Jesus se refere à ação da água como uma enxurrada ou uma inundação da Palavra de Deus, que destrói o que é antigo, o que é ruim e o Espírito de Deus promove a renovação. Assim aconteceu com o planeta Terra no livro de Gênesis e nos dias de Noé. Quando a pessoa aceita o batismo nas águas como uma das ordenanças de Jesus, ela está declarando publicamente que passou por esse processo de destruição interior e o Espírito de Deus a renovou!

Muitas pessoas ou igrejas locais não suportam mais a ”velharia de conceitos” que está em seu interior. Elas têm sede de algo novo. Elas estão buscando uma renovação, uma transformação que lhes dê uma nova vida ou um novo começo. Jesus disse certa vez:

• 37 (...) Jesus se pôs de pé e disse bem alto: -Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Como dizem as Escrituras Sagradas: "Rios de água viva vão jorrar do coração de quem crê em mim". (João 7:37-38 BLH)

Qual foi o apelo que Jesus fez às pessoas? Se elas cressem, que experiência teriam no interior de suas vidas? Se alguém tem o desejo de experimentar o poder e as riquezas de Deus em sua vida, deve se aproximar de Jesus e receber do que é d’Ele - isto é relacionamento. Jesus veio para trazer a Verdade de Deus para Seus dias às pessoas e Sua palavra era a Palavra de Deus, como estão registradas nos Evangelhos. A ação da Palavra e do Espírito promove uma ação destruidora, porém benéfica no coração do ser humano, que não poderá ser contida apenas àquele indivíduo, mas a partir dele essa “enxurrada” de Deus alcançará a outros também, gerando uma forte influência divina sobre a terra. Eu chego a ponto de dizer que a Igreja é a inundação divina em nossos dias sobre um mundo mal!

Deus quer promover transformações na vida das pessoas e em igrejas locais, mas elas têm que fazer uma auto-análise “do que são e de quem são”. O que estamos produzindo? Coisas boas ou más? Alegria ou depressão? Frutos bons ou ruins? Leia esta palavra de Jesus:

• 43 Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. 44 Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. 45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração. (Mateus 6:43-45 NVI)

De onde o homem bom consegue tirar coisas boas de sua vida? E o homem mal? Qual é a prova visível do que está invisível de um e de outro? Sua boca exterioriza o que está oculto em seu interior!

Muitos falam apenas de suas amarguras, depressões, angústias, temores, etc, permanecendo caídos quase sem nenhuma esperança de algo melhor e gerando um clima pesado para si mesmos e às pessoas que as rodeiam. Enquanto isso, outros que passam pelas mesmas experiências, têm um outro procedimento e por causa dele, são capazes de transformar pessoas e ambientes para melhor. Onde está a diferença? A diferença está em que um descobriu as riquezas e o poder do Reino de Deus em seu interior e ou outro não! Um, tira do Reino de Deus coragem, poder, conhecimento, sabedoria e fé para viver, enquanto o outro tem uma vida amarrada pelo mal.

Eu não estou falando do que freqüenta uma igreja e do que não freqüenta. Há pessoas que freqüentam igrejas por anos e não conseguem extrair coisas boas de seu “tesouro”, se é que ele foi descoberto por eles. Por quê? Porque lhes faltam a experiência de um relacionamento com Deus por meio de Jesus. Eles adotaram mais uma religião que gostaram e se esquecem do projeto de Deus para suas vidas. Eu espero que nesta noite possamos ser desafiados a crer e a experimentar no dia a dia, os benefícios do grande tesouro que está guardado em cada um de nós.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Devocional - Lília Paz: esperar com paciência

"...Vejam como o lavrador espera com paciência que a sua terra dê colheitas preciosas. Ele espera pacientemente pelas chuvas do outono e da primavera..." Tiago 5.7b NTLH.

A Bíblia nos diz que devemos esperar pelas promessas de Deus como um agricultor espera a sua colheita. O bom lavrador planta e não se preocupa se as sementes irão "vingar" ou não. Ele não perde o sono pensando: "tomara que o meu milho tenha raiz." Não, ele espera com confiança, sabendo que a colheita virá. Ele faz a sua parte, pois sabe que a semente vai produzir uma boa colheita.

Da mesma forma, devemos esperar com confiança pelas promessas do Senhor. Temos que permanecer firmes em Sua Palavra. Esperar como o agricultor. Esperar com confiança. Por isso, amados do Senhor, coloquem a Palavra de Deus em prática, façam sua parte e confiem no Senhor, e assim como o agricultor, desfrutem de uma grande colheita de bênçãos em sua vida!

Deus os abençoe!

Fonte: Lília Paz

Resgatando a paternidade integral Parte 2


Resgatando a paternidade integral Parte 2 de 3

Pr. Josué Gonçalves

Todo filho quer um pai que ensine com o exemplo, do que com palavras.

A psicologia chama de projeção quando identificamos no outro aquela característica que é própria em nós. Normalmente, temos mais facilidade em identificar os erros e defeitos no outro – mais que as virtudes que essas pessoas têm.

Quando isso acontece no ambiente familiar, invariavelmente, nos inclinamos a corrigir nos filhos os erros que os vemos cometer, esquecendo-nos de que nós os ensinamos com o próprio comportamento a agir assim. Isso choca um pouco, eu sei, mas quem poderá dizer que na prática não é isso o que acontece?

E a situação passa de mal a pior, e se torna até vergonhosa, quando pais e mães dizem:“ Você deve fazer assim porque eu estou mandando”. Quando isso acontece, assinamos um “atestado de incompetência”, já que exigimos o que não praticamos. Fique atento. Se essa situação surgir, uma luz vermelha vai acender e você deve se corrigir. Talvez a melhor maneira de falar seja:“ Filho, você sabe que o papai tem o mesmo problema. Ambos erramos na mesma área. Vamos orar e pedir a Deus a ajuda do Espírito Santo para nunca mais fazermos isso… Vamos combinar que quem errar assim novamente vai ter que pagar dois reais! Vamos combinar assim?

O exemplo deve validar as palavras dos pais. Especialmente quando os filhos são pequenos, crianças, o descompasso entre o que falamos e o que fazemos confunde a criança no seu processo de aprendizagem. Quando a criança ouve uma regra que é reconhecida como certa e vê uma ação que não corresponde a essa regra, ela enfrenta um conflito em sua compreensão. Aos poucos, isso vai provocar problemas mais graves, e ela vai desenvolver conceitos como:

– não preciso dizer a verdade; – não preciso cumprir minhas promessas; – a mentira tem o mesmo valor da verdade e vice-versa; – o padrão ético será comprometido na idade jovem e adulta; – meus pais não são verdadeiros Além desses problemas, haverá muitos outros danos à formação dessa criança e ao modo como agirá quando se tornar adulto.

A autoridade dos pais, portanto, será o resultado da coerência entre “ações” e “palavras” (Jó 13.15; 1Co 11.1; Fp 3.17). A maior herança que um pai pode deixar ao seu filho é um caráter digno de ser imitado. E como isso é possível? Não conheço outro modo senão por meio do comportamento exemplar e coerente em relação a suas palavras.

Veja o que está escrito em 1 Reis 9.4-5a, numa situação na qual o Senhor se dirige a Salomão falando a respeito de seu pai, Davi: “Se andares perante mim como andou Davi, teu pai, com integridade de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo o que te mandei e guardares os meus estatutos e os meus juízos, então confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre”.

Não restam dúvidas sobre o fato de que o maior legado que um pai pode deixar para os filhos não é uma fazenda com 20 mil cabeças de gado; não são cinquenta casas alugadas; não é uma carteira de investimentos com R$ 1 milhão. A maior herança e legado que um pai poderá deixar para seus filhos é um caráter digno de ser seguido.

Uma vida íntegra, digna de ser imitada, nós encontramos em um pai que é um exemplo de justiça, de honestidade, de lealdade, de verdade, de cortesia, de cavalheirismo, de humildade, de mansidão e de respeito. E nas mães da mesma maneira.

Os pais deverão ensinar a amar amando. Os pais deverão ensinar a verdade falando a verdade. Os pais deverão ensinar gentileza sendo gentis. Os pais deverão ensinar respeito respeitando. Os pais deverão ser um exemplo como marido e como esposa. Os pais deverão ser um exemplo também como filhos, como genros, como sogros, como amigos, como discípulos de Cristo. Só assim podermos pensar e desejar uma mudança mais ampla no nosso bairro, na nossa cidade, no país… e no mundo!

Toda mudança necessária à sociedade, almejada por muitos e anunciada como plano de governo dos candidatos em ano de eleição, só pode se concretizar se partir do solo familiar. As mudanças que esperamos nunca virão por iniciativa de vereadores, deputados ou senadores: elas partirão de nossa própria casa.

Não poderá haver incoerência entre o que ensinamos e o que praticamos. Se a sociedade está desta maneira hoje é porque ontem houve um tremendo descompasso entre a “fala” e a “prática”. Portanto, antes de falar, observe a si. Antes de ditar a regra, avalie seu comportamento. E então creia no melhor para a sua família, no melhor futuro para seus filhos e para vocês, pais e mães, na velhice de ambos.


Fonte: Verdade Gospel.
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Visite o site do autor: Amo Família

E.A.G.

domingo, 25 de novembro de 2012

Quando nós amamos, nós O amamos!


Por Max Lucado
Tradução de Cynthia Rosa de Andrade Marques Almeida

“Ele responderá: 'Afirmo esta verdade solene: toda vez que vocês deixaram de fazer uma dessas coisas a algum margilado ou excluído, aquele era eu - deixaram de ajudar a mim” - Mateus 25.45 (A Mensagem).

Há muitas razões para ajudar os necessitados. 

“A benevolência é um bem para o mundo”.

“Todos nós flutuamos no mesmo oceano. Quando a maré sobe, ela beneficia a todos”. 

“Livrar alguém da pobreza é liberar o potencial dessa pessoa como um pesquisador, professor ou médico”. 

“Quando diminuímos a pobreza e a doença, reduzimos a guerra e as atrocidades. Pessoas saudáveis e felizes não ferem umas às outras”. 

A compaixão tem uma dúzia de defesas. Mas para os cristãos, nenhuma é superior a esta: quando amamos os necessitados, estamos amando Jesus. É um mistério além da ciência, uma verdade além da estatística. Mas é uma mensagem que Jesus deixou clara como cristal: quando nós os amamos, nós o amamos. 

Este é o tema do seu último sermão. A mensagem que ele deixou por último. Ele deve querer este ponto carimbado em nossa mente. Ele descreveu a cena do juízo final. O último dia, o grande Dia do Juízo. Nesse dia Jesus emitirá uma ordem irresistível. Todos virão. De navios naufragados e de cemitérios esquecidos, eles virão. De túmulos reais e de campos de batalha cobertos de grama, eles virão. De Abel, o primeiro a morrer, à pessoa sendo enterrada no momento em que Jesus chamar, todos os seres humanos da história estarão presentes. 

Todos os anjos estarão presentes. Todo o universo celestial testemunhará o evento. O desfecho surpreendente. Em algum momento Jesus “separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes” (Mt. 25.32). Os pastores fazem isto. Eles andam pelo rebanho e, um a um, com o uso de uma vara conduzem os bodes em uma direção e as ovelhas em outra. Gráfico, este pensamento do Bom Pastor percorrendo o rebanho da humanidade. Você. Eu. Nossos pais e filhos. “Max, vá por aqui”. “Ronaldo, lá”. “Maria, deste lado”. 

Como uma pessoa pode imaginar este momento sem o aparecimento repentino desta pergunta imprescindível:

O que determina sua escolha? Como Jesus separa as pessoas? 

Jesus dá a resposta. Aqueles à direita, as ovelhas, serão aqueles que o alimentaram quando ele estava com fome, que o trouxeram água quando ele estava com sede, que lhe deram hospedagem quando ele estava solitário, roupa quando ele estava nu e consolo quando ele estava doente ou preso. A marca do salvo é a sua preocupação com os necessitados. A compaixão não os salva – ou nós. A salvação é a obra de Cristo. A compaixão é consequência da salvação. 

As ovelhas responderão com uma pergunta sincera: quando? Quando nós o alimentamos, visitamos, vestimos ou consolamos (versículos 34-39)? 

Jesus relatará, um a um, todos os atos de bondade. Cada ação feita para melhorar a situação de outra pessoa. Mesmo as menores. Na verdade, todas elas parecem pequenas. Dar água. Oferecer comida. Compartilhar roupa. As obras de misericórdia são ações simples. E ainda assim, nestas simples ações nós servimos Jesus. Espantosa é esta verdade: nós servimos Cristo servindo as pessoas necessitadas.

Algumas delas moram em nossa vizinhança; outras moram nas selvas onde você não consegue entrar e têm nomes que você não consegue pronunciar. Algumas delas brincam em favelas de papelão ou vendem sexo em uma rua movimentada. Algumas delas caminham por três horas para conseguir água ou esperam o dia inteiro por uma dose de penicilina. Algumas delas trouxeram suas aflições para si mesmas e outras herdaram a confusão dos seus pais. 

Nenhum de nós pode ajudar todas as pessoas. Mas todos nós podemos ajudar alguém. E quando as ajudamos, nós servimos Jesus. Quem gostaria de perder uma chance de fazer isso? 

“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar” - Mateus 25.34-46 (NTLH). 

Senhor, onde eu o vi ontem... e não o reconheci? Onde eu o encontrarei hoje... e falharei em o identificar adequadamente? Meu Pai, dê-me olhos para ver, um coração para responder e mãos e pés para servi-lo em qualquer lugar que o senhor me encontrar! Transforme-me, Senhor, pelo seu Espírito em um servo de Cristo, que se alegra em atender as necessidades dos que estão ao meu redor. Faça de mim um letreiro da sua graça, um anúncio vivo das riquezas da sua compaixão. Eu almejo ouvi-lo dizer para mim um dia, “Muito bem, servo bom e fiel”. E eu oro para que hoje eu seja esse servo fiel que faz bem ao fazer o bem. Em nome de Jesus eu oro, amém.

Fonte: Max Lucado via Irmãos.Com 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pr. Josué Gonçalves - resgatando a paternidade integral


Resgatando a paternidade integral – Parte 1 de 3.

Pr Josué Gonçalves 

Todo filho quer “presença” antes de “presentes”

A presença dos pais na vida dos filhos é um bem insubstituível. Nenhuma ausência pode ser recompensada, substituída ou comprada, mesmo que você fique um mês brincando nos parques da Disney com seus filhos.

Isso tem a ver com o tempo. E, quando menciono o tempo, refiro-me a tempo com qualidade, tempo na hora certa – e não a sobra do seu tempo, quando você está cansado ou até mesmo irritado.

Quando tocamos no assunto do descanso semanal, muitos de nós imaginamos que o povo judeu apenas descansava durante o sábado. Mas em seu livro Tempo para viver, Hans Bürki ensina algo sobre o shabbat judaico, o sábado, e uma das coisas que mais chamou minha atenção é que ele descreve o ritual para esperar o shabbat. O judeu não esperava o sábado chegar para ficar com as pernas sobre um pufe vendo TV. Na sexta-feira, ele realizava todos os preparativos, deixava tudo pronto, tudo feito, comida, roupas de cama e mesa, roupas pessoais, para então ter um dia somente dedicado ao Senhor.

Assim, quando transportamos esse princípio do povo de Deus na Antiga Aliança para nós, povo de Deus na Nova Aliança, aprendemos a necessidade de também valorizar o tempo com a herança de Deus para nós, que são os filhos. Precisamos ver a educação de nossas crianças de modo mais responsável; precisamos ter em mente que nossa convivência com eles deve incluir, olhar em seus olhos, brincar os jogos deles, discutir os assuntos que são do interesse deles, pois essa, sim, é a companhia, a presença que faz a diferença.

Se você tem pouco tempo para dedicar a seus filhos, use-o de modo que você esteja com o pensamento centrado nas atividades que vocês estão fazendo juntos. Toda criança percebe quando você valoriza estar com ela e se interessa esse tempo que passam juntos: nós não conseguimos enganar nossos filhos. Portanto, preocupe-se em preparar um momento diário ou semanal para que seu filho saiba que vai encontrar você quando esse momento chegar. Crie o hábito, faça disso um lugar seguro e agradável para ele. E se precisar, incremente sua relação surpreendendo-o, dando a ele “mais presentes”, ou seja, “criando mais espaço na sua agenda” – espaços em horários que ele não esperava, mas que você criou com amor, pensando nos benefícios emocionais que isso vai trazer a quem saiu de suas entranhas.

Veja o que a Bíblia diz em Deuteronômio 6.6,7: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te”.

A orientação que Deus estava dando a Moisés era para que ele instruísse os israelitas a serem educadores de seus filhos. Toda criança era educada na primeira infância por sua mãe e na adolescência ela passava a ser instruída por seu pai, que a introduzia na sociedade quando se tornava um jovem. Havia, e há ainda hoje, uma cerimônia para marcar essa passagem: o Bar Mitzvah. Uma vez que pai e mãe tem papéis definidos na educação de seus filhos, isso significa que não há como educá-los e nem torná-los nossos discípulos, se não houver investimento de tempo. Você conhece algum meio de educar e discipular sem investir tempo? De fato, não existe.

Repare a abordagem pedagógica que Deus apresenta a Moisés: falar andando, falar ao deitar-se, falar ao levantar-se, falar assentando-se em casa com os filhos. Veja que discipulado constante de pai para filho, a todo momento, em todo lugar! Isso tem a ver com tempo de qualidade a que nos referimos.

Certo dia, um pai entrou no quarto do seu filhinho e surpreendeu-se ao ver seu filhinho ajoelhado à beira da cama, fazendo uma oração no mínimo diferente:

Senhor, faz de mim uma televisão. Senhor transforma-me num aparelho de televisão, para que meu pai passe tanto tempo comigo como ele passa em frente à TV.; para que meu pai olhe mais para mim, como ele olha tão fixamente, demoradamente para a televisão; para que ele se preocupe comigo assim como ele se preocupa com a televisão, que, quando quebra, vai logo para o conserto.

A presença dos pais na vida dos filhos é insubstituível. O tempo é a moeda de maior valor que possuímos na nossa relação com eles. Guarde isso em seu coração: escreva num bilhete e coloque sobre a sua mesa, cole no monitor de seu computador pessoal.

O seu amor é demonstrado pelo investimento de tempo que você faz na vida do seu filho. Se dissermos que o amamos, mas não passarmos mais que dez minutos por dia com eles, que avaliação será feita sobre esse amor? Se você diz que o ama, mas não tira tempo no final de semana para os seus filhos, investindo tempo com qualidade, que nota vai receber deles?

Desculpe-me, mas, se é isso o que acontece, receio que você não o ame. E o meu receio se justifica, porque quem ama investe a moeda de maior valor chamada tempo.

― Quanto tempo diário você dedica aos seus filhos?

― Quanto tempo você dedica aos seus filhos no final de semana?

 ― Qual é o dia da semana em que você reserva um tempo para dar atenção especial aos seus filhos?

A Palavra do Senhor diz em Salmo 128.3b: “… em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas”. Perceba nesse versículo a ênfase em uma situação aparentemente tão corriqueira, mas que pode ser transformada num exercício inicial para que você e seu filho comecem a passar mais tempo juntos: em volta da mesa. Combine, por exemplo, de ter uma refeição por dia com seu filho. Programe-se para dedicar mais tempo, tempo com qualidade, a quem ama você.

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Fonte: Verdade Gospel